Nos últimos tempos, o Brasil tem testemunhado uma enxurrada de memes nas redes sociais, refletindo a insatisfação e indignação dos brasileiros com o atual governo, no caso o Ministro Fernando Hadadd. Esses memes, muitas vezes carregados de humor e ironia, têm se tornado uma poderosa ferramenta de expressão popular. No entanto, essa forma de manifestação não tem agradado a todos, especialmente a um grupo específico de jornalistas.
Os jornalistas pagos com dinheiro público, encarregados de divulgar notícias verídicas, têm usado seus espaços para expor opiniões que muitas vezes desconsideram o sentimento popular. Eles parecem incomodados com a perda da hegemonia na produção de conteúdos televisivos e a consequente diminuição do interesse do público por suas produções tradicionais. Em meio a essa crise de audiência, muitos desses profissionais têm adotado uma postura crítica e, por vezes, hostil, atacando aqueles que não concordam com a situação atual do país.
A internet, com suas redes sociais e plataformas de compartilhamento de conteúdo, democratizou a informação e deu voz a milhões de brasileiros. Hoje, qualquer pessoa com um smartphone pode criar e compartilhar conteúdos que podem alcançar um público vasto e diversificado. Essa nova dinâmica tem desafiado o monopólio da mídia tradicional, que agora compete diretamente com cidadãos comuns pela atenção do público.
Essa mudança no consumo de informações tem sido percebida como uma ameaça por alguns jornalistas. Em suas críticas, eles tentam ditar o que os brasileiros devem ou não fazer, o que devem ou não ganhar, numa tentativa desesperada de reconquistar a relevância perdida. No entanto, essa abordagem tem gerado ainda mais resistência e descontentamento entre os cidadãos.
Os ataques dirigidos a pessoas de bem, que expressam suas opiniões e descontentamentos através de memes e outras formas de conteúdo digital, revelam um distanciamento da realidade por parte de alguns profissionais da mídia. Ao invés de buscar entender as razões por trás da insatisfação popular e promover um debate construtivo, esses jornalistas optam por uma postura de confronto, o que só amplia o abismo entre a mídia tradicional e o público.
Além disso, a situação se agrava com as tentativas do governo de censurar as redes sociais, uma ação que vai contra a Constituição e as leis de direito civil. A liberdade de expressão é um direito fundamental garantido pela Constituição Brasileira, e qualquer tentativa de restringir esse direito representa uma grave ameaça à democracia. Censurar as redes sociais não só silencia vozes críticas, mas também impede o livre fluxo de informações, essencial para uma sociedade bem informada e participativa.
Em um país onde a liberdade de expressão é um direito constitucional, é fundamental que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas. O uso de memes e do humor nas redes sociais não é apenas uma forma de entretenimento, mas também um meio legítimo de protesto e crítica social. Ignorar ou menosprezar essa manifestação é desconsiderar a importância da opinião pública e do papel das novas tecnologias na formação de um debate mais amplo e inclusivo.
Portanto, ao invés de combater os memes e atacar quem os cria, talvez fosse mais produtivo para os jornalistas e a mídia tradicional repensarem suas abordagens, buscando se aproximar mais das pessoas e entender suas preocupações e necessidades. Somente assim será possível reconstruir a confiança e a relevância no cenário midiático contemporâneo. E, principalmente, é imperativo que se respeite a liberdade de expressão e que se lute contra qualquer forma de censura, garantindo que todas as vozes possam ser ouvidas em uma sociedade verdadeiramente democrática.
Escrito por Ligiane Bastos
Especialista em Gestão de Pessoas e Gestão Pública.
Referências Bibliográficas
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 19 jul. 2024.
Miranda, C. (2020). A força dos memes: como o humor online pode mudar a sociedade. São Paulo: Editora Memética.
Silva, J. (2019). Mídia e Democracia: desafios e perspectivas no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Editora Democracia.
Gomes, L. (2021). Redes Sociais e Censura: os limites da liberdade de expressão na era digital. Brasília: Editora Jurídica.
Santos, M. (2022). O Papel dos Memes na Política Brasileira: uma análise crítica. Recife: Editora Política.
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